Quem é quem no Ministério da Educação (MEC) de Jair Bolsonaro

Conheça a trajetória do novo Ministro e de seus Secretários e saiba o que esperar do Ministério da Educação (MEC) de Jair Bolsonaro.

Ministério da Educação (MEC) de Jair Bolsonaro
Divulgação/MEC

Durante a cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Educação (MEC), ocorrida no dia 2 de janeiro deste ano, o novo Ministro, Ricardo Vélez Rodríguez, apresentou os nomes que irão compor as secretarias do órgão.

Das sete secretarias existentes, apenas uma será ocupada por uma mulher. O desequilíbrio de representação da gestão contrasta com a distribuição populacional graduada na área da educação: 9 em cada 10  pessoas formadas em pedagogia são mulheres. Elas também ocupam um percentual de 83% dos cargos de docência na Educação Básica. Além da disparidade de gênero,  a quase totalidade dos cargos é ocupada por pessoas brancas.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, entre os secretários, há indicados de militares, ex-alunos de Veléz e integrantes do Centro Paula Souza (órgão responsável Ensino Técnico do Estado de São Paulo). Técnicos de carreira da pasta e participantes do grupo de transição temem que os novos escolhidos para as secretarias tenham dificuldades em manter as ações antes desenvolvidas pelo Ministério em função de suas trajetórias distantes do campo educacional e da inexperiência em gestão.

Além das mudanças dos titulares das pastas, houve alterações na própria estrutura do Ministério. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) foi dissolvida. Ela era responsável pelas políticas de Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação em Direitos Humanos. Em seu lugar, foram criadas duas pastas: a Secretaria de Alfabetização e a Secretaria de Modalidades Especializadas.

A Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), responsável por prestar assistência técnica para o monitoramento dos planos de educação, a articulação do Sistema Nacional de Educação (SNE) e a implementação do Piso Salarial Nacional também foi extinta.

Houve também a criação de um novo subórgão, interno à Secretaria de Educação Básica (SEB): a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico Militares. Polêmica, a militarização das escolas foi pilar da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República. e já está em processo de implementação em vários municípios do Brasil.

Conheça os perfis dos indicados e saiba o que esperar da nova equipe:

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Reportagem: Júlia Daher
Infografia: Júlia Daher
Edição:  Claudia Bandeira

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