Grupo Tranças das Diversidades na Educação realiza ciranda durante II Conferência Nacional de Educação (Conae) 2014
A constituição de um processo participativo, amplo e democrático na construção das regulamentações previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) e o aprimoramento de instâncias que proporcionem a participação da sociedade, por meio de conferências, fóruns e conselhos, entre outros: estas são duas das 11 reivindicações realizadas pelo grupo Tranças das Diversidades na Educação, durante a realização da II Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada entre os dias 19 e 23 de novembro.
Assinado por 17 organizações e movimentos de abrangência nacional, o manifesto do grupo Tranças reivindicou na Conae 2014 uma maior radicalidade na superação de desigualdades, na promoção dos direitos humanos e inclusão, na valorização da diversidade e sustentabilidade socioambiental e no fortalecimento da participação popular em educação.
Atuando em áreas relacionadas aos direitos humanos, diversidades, inclusão e sustentabilidade, o grupo Tranças reúne integrantes de organizações e movimentos sociais negros, indígenas, feministas, quilombolas, LGBT, da educação do campo, da educação de jovens e adultos, da educação especial e da educação ambiental.
Para o membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros (Cadara) e do Fórum Nacional de Educação (FNE), Raimundo Jorge, a atuação do grupo na Conferência faz com que se constitua em um “importante Fórum de movimentos sociais”. “Há uma situação de plena igualdade em que os movimentos podem associar suas forças para representar os interesses das diferentes diversidades e se fazerem presentes em espaços como este da democracia deliberativa”, ressaltou.
Além dos dois pontos já citados acima, o manifesto propõe, entre outras coisas, a incorporação efetiva das Diretrizes Nacionais Curriculares à proposta da Base Nacional Comum Curricular, o fortalecimento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a defesa ativa da laicidade, a formulação e a implementação de políticas de educação diferenciada (indígena, quilombola, campo, educação especial, educação de jovens e adultos, etc). Clique aqui e acesse o manifesto completo do Tranças das Diversidades na Educação.
Após a Conae
Com uma atuação vitoriosa em todos os eixos da Conae, segundo Raimundo Jorge, o Tranças deve agora se articular para monitorar o PNE e contribuir com a construção dos Planos locais de Educação: “temos que nos fortalecer, construir momentos de encontros das lideranças, monitorar o PNE e sua aplicação e, principalmente, atuar de maneira muito forte na maneira como o Plano Nacional vai refletir nos Planos Municipais e Estaduais de Educação”.
De acordo com o coordenador do eixo 2 da Conferência, que tratou do tema Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos, e secretário de educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o grupo atuou de maneira aberta, mesmo diante de possíveis divergências entre os movimentos que o compõe. “O Tranças está vindo com papel de escutar todas as vozes, mostrar que queremos direitos iguais e com respeito seja qual for sua especificidade ou peculiaridade”, afirmou Toni.
Durante a realização da Conae 2014, os participantes do Tranças das Diversidades na Educação organizou uma ciranda, em que demais delegados e delegadas presentes participaram recitando repentes, cordéis e poesias sobre o tema da educação e da diversidade.
Segundo seu manifesto, o grupo Tranças está aberto a adesões de ativistas, coletivos, organizações, fóruns, movimentos sociais e redes por meio do e-mail trancasdasdiversidades@gmail.com
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Reportagem – Gabriel Maia Salgado
Edição – Ananda Grinkraut
Parabenizo todos envolvidos e acredito nas caminhadas, lutas movimentos inclusivos em todos os âmbitos!Nosso dever fiscalizar, atuar, sugerir e mobilizar sempre para melhorias no país para todos! Olho no PNE….. ATITUDE SEMPRE!