A partir de estímulo de professor de economia, estudantes do curso de Serviço Social monitoram Planos de Educação de São Paulo, Santo André, Ribeirão Pires, São Caetano, Mauá e São Caetano
“Não é possível melhorar a produtividade com a educação que nós temos e não é possível melhor esta educação sem a participação da sociedade”, argumentou o professor de economia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FPSS), Edgar Nóbrega. Ao ministrar a disciplina “Formação Econômica, Social e Política do Brasil”, para alunos do quarto semestre do curso de Serviço Social, em Santo André (SP), o professor propôs que os estudantes refletissem sobre a participação da sociedade na construção de políticas para a área educacional e analisassem os Planos de Educação de seus municípios de residência.
“Estava acabando o prazo para a aprovação dos Planos Municipais de Educação [PMEs] e quase nenhum dos alunos estava sabendo. Como o curso de Serviço Social é por natureza interventivo, sugeri que os estudantes conversassem com as Câmaras de Vereadores, Prefeituras e organizações da sociedade civil que estivessem trabalhando com o tema dos Planos”, contou Edgar. Após a primeira etapa da atividade, os diferentes grupos de estudantes reuniram informações coletadas a respeito dos PMEs de São Paulo, Santo André, Ribeirão Pires, São Caetano, Mauá e São Caetano.
Depois da entrega dos primeiros relatos, as pesquisas devem ser trocadas entre os diferentes grupos de estudantes e deve ser feita a sistematização do trabalho por cidade analisada. “Se três grupos observaram a construção do Plano de Educação de São Caetano, por exemplo, eles vão sistematizar estas informações. Em segundo momento, avaliarão o que está bom e o que precisa melhorar e, em terceiro lugar, levantarão possibilidades de como estes dados podem gerar algo prático como a criação de um aplicativo sobre o PME”, sugeriu Edgar.
A partir do interesse surgido com o tema, alunos e professores decidiram expandir o projeto para além da sala de aula. “A proposta é fazer um projeto de extensão simples, mas que faça com que a Faculdade seja uma espécie de observadora do monitoramento dos Planos de Educação”, destacou o professor de economia da FPSS. E complementou: “a expectativa é fazer um projeto com objetivos definidos e um cronograma. Eles já realizaram um levantamento sobre os Planos e compreenderam a dinâmica dos documentos. A ideia é aprofundar este trabalho e priorizar os municípios onde residam alunos”.
O professor acredita que a análise dos Planos de Educação pode contribuir de diferentes maneiras para a formação dos estudantes. “Certamente isso vai contribuir para eles enquanto alunos, cidadãos e futuros gestores de políticas públicas, já que o aluno de serviço social geralmente vai trabalhar na Prefeitura ou em alguma organização do terceiro setor”, exemplificou. Segundo Edgar, o grupo já tem avançado em conversas com a direção da Faculdade para que o projeto se torne realidade.
Imagem1: Turma do 4º período de Serviço Social da Faculdade Paulista de Serviço Social (FPSS) / Divulgação
Imagem 2: Professor Edgar Nóbrega / Divulgação
Imagem3: Turma do 4º período de Serviço Social da Faculdade Paulista de Serviço Social (FPSS) / Divulgação
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Reportagem – Gabriel Maia Salgado
Edição – Ananda Grinkraut