Em dois guias, Rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Plataforma Cada Criança dão orientações para comunidade escolar, famílias, agentes locais e tomadores de decisão do poder público
Diante do aumento de casos de coronavírus no Brasil e no mundo, entidades de defesa do direito à educação prepararam dois guias de orientações sobre a educação e proteção de crianças e adolescentes.
Os materiais fornecem um compilado de informações checadas, comprovadas e acessíveis sobre como cidadãos ligados à educação podem agir, cobrar, e trabalhar pela proteção de maneira colaborativa. Além de informações dirigidas à população como um todo, há também propostas de ação para que o poder público possa garantir os direitos de nossas crianças e adolescentes na atual situação de emergência.
Ao direcionar recomendações à toda comunidade escolar, famílias e profissionais da proteção da criança e do adolescente, bem como aos tomadores de decisão do poder público, os documentos buscam dialogar com duas frentes centrais para o enfrentamento efetivo da pandemia do COVID-19.
No Volume 1, destinado a educadoras/es, gestoras/es escolares, familiares, assistentes sociais e demais profissionais da rede de proteção da criança e do adolescente, é possível encontrar informações sobre:
– O fechamento de escolas, o necessário isolamento social e os efeitos disso à população;
– As medidas preventivas indicadas pelas autoridades públicas e as orientações sobre o que fazer em escolas que ainda não fecharam;
– A situação de suspensão de aulas no Brasil e no Mundo em números e mapas;
– A necessidade de elevação do investimento nas áreas de saúde, assistência, segurança alimentar e educação e as formas de fazer pressão política para isso;
– O debate sobre os perigos de ampliar desigualdades sociais e educacionais ao considerar a educação a distância (EaD) uma atividade regular e contada nos dias letivos;
– As propostas de como reivindicar providências a realização de atividades complementares virtualmente e a flexibilização do cumprimento dos 200 dias letivos;
– Dicas do que fazer com as crianças e os adolescentes em casa;
– Propostas sobre como exigir o direito à alimentação escolar;
– Sugestões para proteger a saúde familiar;
– Indicações para proteger crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade, riscos ou violências em casa.
Já no Volume 2, que tem como público-alvo tomadores de decisão do poder público, é possível encontrar recomendações sobre as possibilidades de financiamento, garantia de direitos, suspensão das aulas e ao Ensino a Distância. Entre elas, estão:
– A indispensabilidade de suspensão da Emenda Constitucional 95/2016, que impôs um teto aos gastos sociais, fragilizando a capacidade do Estado em dar respostas adequadas a emergências como a do coronavírus;
– A necessidade de criação de um Fundo de Emergência em Defesa do Trabalho e Renda, que ofereça uma renda básica de emergência mensal, baseando-se na iniciativa de entidades que aderem ao rendabasica.org.br ;
– A importância do fechamento imediato das escolas, para conter a rápida propagação do coronavírus, seguindo as orientações do Ministério da Saúde;
– As propostas de reorganização dos calendários escolares em função da suspensão de aulas, adequando-os às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, sem reduzir o número de horas letivas;
– A relevância da participação de toda a comunidade escolar na tomada de decisões, e a promoção do diálogo da escola com os órgãos regulamentadores e as Secretarias de Educação;
– As sugestões de ação de garantia de segurança alimentar e sanitária durante o período de suspensão de aulas, como a distribuição de kits de alimentação, de itens básicos de limpeza e proteção;
– As orientações de proteção de populações em vulnerabilidade, como crianças e adolescentes em situação de rua, em situação de pobreza, violência, áreas de risco, negras, entre outras.
Confira os dois documentos na íntegra:
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oi. gostei muito do seu site, vou verificar toda semana as atualizações.Obrigado