O De Olho na Escola é um jogo que estimula o debate com crianças e adolescentes sobre a escola que temos, a escola que queremos e como podemos juntos(as) atuar pela melhoria da sua qualidade. Simples e divertido, ele pode ser utilizado em processos participativos para aquecer a discussão sobre a construção de diagnósticos e o levantamento de propostas para as escolas e para o monitoramento participativo dos planos de educação do município, do estado e do país. Assim, o protagonismo das crianças e dos adolescentes é estimulado da forma que eles mais gostam: brincando!
Baixe o jogo completo agora, imprima-o, distribua-o na sua escola e estimule de forma lúdica esse debate com os seus alunos e suas alunas!
O jogo
O De Olho na Escola é indicado para crianças já alfabetizadas, a partir de 8 anos, sendo possível jogá-lo com crianças menores, em colaboração com àquelas que já tem o domínio da leitura. Brincando em grupos, os(as) jogadores(as) devem relacionar as informações das cartas pretas com as imagens e descrições das cartas cor-de-rosa. Em cada rodada, um(a) juiz(a) tem a chance de decidir o(a) vencedor(a) escolhendo qual é a melhor e/ou mais divertida combinação entre as cartas. Aquele(a) que juntar a maior quantidade de cartas pretas possíveis até o final do jogo é o(a) vencedor(a)!
O mais legal é a discussão que o jogo permite entre os(as) jogadores(as), ao argumentarem para tentar convencer o(a) juiz(a) a escolher a sua carta em vez da de outro(a) colega.
Composição
– 26 cartas pretas; sendo 21 cartas com perguntas, 2 cartas em branco e 3 cartas Desafio
– 104 cartas cor-de-rosa; sendo 80 cartas com imagens e 24 cartas com temas diversos
– Instruções gerais do jogo
– Caixinha para guardar as cartas e as instruções
Objetivo
Desenvolvido pela ONG Ação Educativa, no âmbito de um projeto realizado para a Secretaria Municipal de Educação de Santo André, o jogo De Olho na Escola tem como principal objetivo o fortalecimento da participação das crianças e dos adolescentes na construção de uma escola de qualidade.
Processos participativos
Ao utilizar o jogo para aquecer a discussão para processos participativos destinados a refletir
a qualidade da escola, pode-se acordar com o grupo de jogadores(as) que um(a) deles(as)
ou uma pessoa que não esteja jogando possa anotar em um caderno ou em um cartaz as
principais discussões que apareceram durante o jogo. Esses pontos podem ser retomados
depois com outros grupos de jogadores(as), em uma grande roda de conversa. Uma das
perguntas que podem ser abordadas nesse momento de troca é: das brincadeiras e discussões
que foram feitas no jogo, quais tem a ver de verdade com a nossa escola?
– “Eu achei muito interessante, e bem diferente. Eu nunca tinha jogado um jogo assim! Eu gostei das perguntas, de a gente estar cada um dando a sua opinião” (Isadora Ribeiro, aluna do quinto ano da EMEF Solano Trindade, em São Paulo)
– “O jogo é colorido, tem uma proposta divertida e é bem interativo. As crianças conseguiram se soltar e falar sobre um tema tão de adulto, que é o plano de educação” (Débora Veras, do núcleo de Esportes da Diretoria de Educação Integral e CEUs da DRE Butantã, em São Paulo)
O direito à participação de crianças e adolescentes
Acreditamos que as crianças e os adolescentes têm muito a dizer sobre a educação de nosso país e sobre como podemos melhorá-la no cotidiano de escolas e em espaços não formais de educação (centros esportivos, espaços culturais etc). E isso requer o desafio de uma política educacional que seja formulada e desenvolvida de maneira a considerar outros importantes direitos das crianças e adolescentes como o de brincar, o de não ser discriminado, o de descobrir, se aventurar e de ocupar o espaço público sem medo.
O direito à participação de crianças e adolescentes está explícito no art. 12 da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, tratado aprovado na Resolução 44/25 da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 20 de novembro de 1989, que diz:
“Os Estados-partes assegurarão à criança, que for capaz de formar seus próprios pontos de vista, o direito de exprimir suas opiniões livremente sobre todas as matérias atinentes à criança, levando-se devidamente em conta essas opiniões em função da idade e maturidade da criança”.
Ainda que outros documentos já versassem sobre os direitos humanos de crianças e adolescentes, como a Declaração de Genebra de 1923 e a Declaração sobre os Direitos da Criança de 1959, foi com essa Convenção, ratificada pelo Brasil em 1990, que se ergueram os princípios como o do interesse superior da criança e o direito à participação.
Por isso, para complementar o uso do jogo De Olho na Escola, recomendamos a leitura e uso do guia A participação de crianças e adolescentes e os Planos de Educação, da Coleção De Olho nos Planos. Ele traz ideias e experiências de como estimular essa participação em processos educativos, principalmente na abordagem do tema dos planos de educação com as crianças e os adolescentes.
Galeria de imagens
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Mais do que estimular as crianças e adolescentes a debaterem sobre a escola que querem e sobre a qualidade da Educação, é possível levar essa discussão mais pra frente, chegando a influenciar as políticas públicas educacionais. É por isso que o jogo De Olho na Escola pode ser uma ótima ferramenta no contexto do monitoramento participativo dos planos de educação. É uma forma de estimular que as crianças e os adolescentes façam parte desse processo tão importante que busca garantir que todos e todas conheçam, se apropriem, se comprometam e lutem pelos planos de educação.
É por meio desse processo que garantimos que fóruns e conselhos de educação, secretarias, escolas, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, coletivos e pessoas em geral estejam envolvidas, e realizem experiências de gestão democrática e de controle social na educação em seu município ou estado
No processo da Conferência municipal de Educação de São Paulo, realizado em maio de 2017, por exemplo, o jogo De Olho na Escola foi uma das atividades específicas realizadas com as crianças e os adolescentes, com o intuito de estimular e qualificar o debate entre elas e garantir que suas propostas fossem incorporadas ao documento final encaminhado à plenária final.
– Saiba mais sobre como foi a participação de crianças e adolescentes na Conae de São Paulo aqui
– Veja todos os materiais da iniciativa De Olho nos Planos para o monitoramento participativo dos planos de educação!
Gostaria de ter acesso ao jogo, porém, quando direciono o click não abre o link e fica só indicando “Redirecting” ou seja, está redirecionando, mas não abre…
Olá Prometheu, como vai?
Testei agora e consegui. Você precisa acessar esse link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdlxmwBDF2VeazyflPNjOt587EHHtXjdkc6D5eD8VKZ9RI4bw/viewform
Daí é só preencher o formulário 😉
Obrigada pelo contato.
E aproveita o jogo! 🙂
Olá.
Sou professora bibliotecária num agrupamento de escolas, em Portugal. Estou interessada em dinamizar com os colegas nas diferentes turmas, este vosso adorável jogo. Seria possível esta partilha connosco?
Agradeço, desde já, a vossa atenção e a vossa criatividade.
Um abraço
Prof. Bibliotecária
Agrupamento de Escolas da Boa Água
Quinta do Conde – Sesimbra
Portugal
Olá, não consigo baixar o jogo.
É pela primeira vez que estou interagindo com essa ferramenta, para ser ajudado em aplicar aula da qualidade, pois pelo que eu li, é uma revolução em termo didático para as escolas. do século Xl.
Excelente material,retrata o que deve ser trabalhado com segurança.
Vamos aproveitar o máximo!
Que bom que gostou, Maria! 😀
Seria muito legal se você pudesse compartilhar conosco as suas experiências com o jogo! Você pode enviar o seu relato para contato@deolhonosplanos.org.br!
Abs,
Equipe De Olho