Diferença entre dados do IBGE e do MEC apontam confusão entre planos de governo e Planos de Estado de médio e longo prazo

“Pensar um Plano de Estado é enfrentar de forma mais estrutural os desafios da desigualdade educacional brasileira”, afirmou a coordenadora da área de educação da ONG Ação Educativa, Denise Carreira. Na semana da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pela Câmara dos Deputados, Denise e a assessora da iniciativa De Olho nos Planos, Ananda Grinkraut apresentaram a iniciativa no Programa Educação Brasileira, da TV Univesp.

Denise chamou atenção também para a diferença entre as informações sobre Planos Municipais de Educação disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Educação (MEC): “enquanto o IBGE aponta que cerca de 3600 municípios já possuem Plano, o MEC divulgou recentemente um levantamento em que esse número é para 1600”. E complementou: muitas vezes, o município afirma que tem um Plano de Educação, mas na verdade possui um plano de gestão de quatro anos e não um plano de médio e longo prazo. Um Plano de Educação tem que ser construído com um bom diagnóstico, envolver o atendimento educacional de todo o território e não só da rede municipal, mas também do estado, da União e da iniciativa privada”.

Na entrevista para a jornalista Tatiana Bertoni, a assessora Ananda explicou que a iniciativa possui, além do portal De Olho nos Planos, uma série de materiais que visam “subsidiar os vários processos que ocorrem desde a composição do Fórum Municipal de Educação até a elaboração e o constante monitoramento do Plano”. “São os processos participativos que vão dar condições para que o Plano dialogue melhor com a realidade do território, que aponte os desafios e os problemas, e que depois vão contribuir para a implementação do Plano, com seu acompanhamento e monitoramento”, enfatizou.

Assista ao vídeo abaixo com a entrevista completa com Ananda Grinkraut e Denise Carreira:

Reportagem – Gabriel Maia Salgado
Edição – Ananda Grinkraut